
Uma alimentação saudável reside no equilíbrio da quantidade e qualidade dos alimentos e nutrientes que ingerimos. O Padrão alimentar mediterrânico tem vindo a ser muito estudado na Europa para compreender quais os benefícios que esta prática acarreta.
A Dieta Mediterrânica (DM) foi distinguida no dia 4 de dezembro de 2013, pela UNESCO, como Património Cultural Imaterial da Humanidade, em vários países (Portugal, Chipre, Croácia, Espanha, Grécia, Itália e Marrocos).
O estudo da alimentação das populações do Mediterrâneo teve destaque pela constatação de que estas populações apresentavam menor incidência de doenças crónicas, vivendo por mais anos, com mais saúde. Esta alimentação pode atuar na prevenção ou tratamento de diversas doenças, como a doença coronária e o acidente vascular cerebral.
O padrão alimentar mediterrânico não é apenas mais um tipo de dieta mas sim um estilo de vida. Transmitido de geração em geração, este caracteriza-se pela utilização significativa de vários alimentos e redução do consumo de outros. Somos um povo mediterrânico e muito facilmente adotamos este estilo de vida sem nos apercebermos. Estilo este que se baseia na utilização do azeite como principal fonte de gordura, consumo abundante de alimentos de origem vegetal, como as frutas, os vegetais, as leguminosas frescas e secas, os frutos secos e oleaginosos, consumo moderado de aves, pescado, ovos e laticínios com baixo teor de gordura, consumo de pequenas quantidades de carne vermelha, ingestão moderada de vinho, principalmente durante as refeições, e redução do consumo de açúcares simples. É recomendado o uso de ervas aromáticas para temperar em detrimento do sal.
Esta alimentação é descrita como sendo «não muito calórica, baseada em produtos frescos, locais e sazonais» e cujo consumo de gordura não ultrapassa os 30% do consumo energético diário.
Este padrão destaca-se por ser equilibrado, variado e com nutrientes adequados, tendo em conta o baixo teor de ácidos gordos saturados e alto teor de ácidos gordos monoinsaturados, assim como de fibras e hidratos de carbono complexos, aos quais se junta a riqueza em antioxidantes.
Para finalizar, é muito importante a água como principal bebida ao longo do dia e o convívio à volta da mesa!
Dieta Mediterrânica
Segundo a Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN)...
O que é a Dieta Mediterrânica…
A Dieta Mediterrânica teve a sua origem nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo ou que por ele são influenciados. Este padrão alimentar começou a ser descrito nos anos 50 e 60 do Século XX, sobretudo à luz do que se praticava em Creta, em outras regiões da Grécia e no sul de Itália.
A palavra “dieta” deriva do termo grego “diaita” que significa estilo de vida equilibrado. A Dieta Mediterrânica é precisamente isso: um estilo de vida marcado pela diversidade e conjugado com as características seguintes:
• consumo elevado de alimentos de origem vegetal (cereais pouco refinados, produtos hortícolas, fruta, leguminosas secas e frescas e frutos secos e oleoginosos);
• consumo de produtos frescos, pouco processados e locais, respeitando a sua sazonalidade;
• utilização do azeite como principal gordura para cozinhar ou temperar alimentos;
• consumo baixo a moderado de laticínios;
• consumo frequente de pescado e baixo e pouco frequente de carnes vermelhas;
• consumo de água como a bebida de eleição e baixo e moderado consumo de vinho a acompanhar as refeições principais;
• realização de confeções culinárias simples e com os ingredientes nas proporções certas;
• prática de atividade física diária;
• fazer as refeições em família ou entre amigos, promovendo a convivência entre as pessoas à mesa.
http://www.apn.org.pt/documentos/ebooks/Ebook_Dieta_Mediterranica.pdf
Receitas de pratos mediterrânicos:
http://www.apn.org.pt/documentos/brochuras/sabor-e-arte_APN.pdf
http://www.apn.org.pt/documentos/brochuras/Quatro_estacoes.pdf
http://www.apn.org.pt/documentos/guias/Guia_para_um_outono_mais_mediterranico.pdf
http://www.apn.org.pt/documentos/guias/Guia_para_um_verao_mais_mediterranico.pdf
